terça-feira, 12 de abril de 2016

O CIÚME (parte final)

 Bom dia, Carolei... vamos lá com a nossa segunda parte sobre o ciúme. Quem ainda não leu, sugiro que leia a primeira parte sobre o ciúme, postado aqui neste blog para acompanhar de forma bacana o nosso raciocínio.

Se você é um ciumento, então reflita sobre as vantagens e as desvantagens de ser assim. Com certeza o ciúme não passa pela tranquilidade, a troca de experiências e o fluir, que devem fazer parte de todo envolvimento saudável. E é impossível ter um relacionamento saudável sendo ciumento. Normalmente são encontros tensos, de muito controle e cheios de neuras. Xô neura!!! Sai fora Satanás. Quando estamos falando de relacionamento sadio, a tranquilidade e o conflito devem fazer parte. Ôpa!!!

Agora você me deixou com dúvida! 
Tranquilidade... conflito... isto pode acontecer ao mesmo tempo? Sei não!

Como conciliar tranquilidade e conflito? Pois é, garoto, pois é, garota, este é o seu desafio! Nem tudo são flores na comunicação humana. O conflito é essencial para o crescimento, a questão é como o conflito deve ser vivido....  mas isto é tema para outro dia.

Outro dia, não! Eu quero que você me explica hoje!

Upa lelê! Um chá de maracujá para o garoto aí, calma aí... relaxe! voltemos ao nosso tema, o ciúme. O ciumento tem a impressão, tem a ilusão de que está por cima, que está no comando e isto faz com que ele se sinta forte, autoestima elevada, mais ou menos como se fosse o dono do pedaço. Porque é uma ilusão? Simplesmente porque o poder, na forma que eu entendo, não deve ser ditado pela força, mas deve ser a arte de compartilhar com as pessoas o melhor que as pessoas têm para oferecer. A ideia é todos terem poder, se sentirem empoderados. Quando o poder é unilateral... vichi Maria... vamos falar disso depois. Hehe!!!! Olha, falando curto e grosso! Você ganha muito mais não sendo ciumento, seu coração bate mais suave e sua alma fica mais leve. Sá pôkê? Pôkê você tem clareza de que a outra pessoa está com você pelo melhor que você é e não pelo fato de se parecer forte e poderoso. Se você estiver se relacionando com uma pessoa que tende a fazer papel de vítima – nossa!!! mais um tema fantástico para nossas próximas postagens: o triângulo dramático das relações, tcham... tcham.... tcham... tcham....


Tô com mil ideias para postar


Então, se você tiver com uma pessoa com autoestima mais baixa, que tende a se vitimizar, aí você monta, com certeza! São escolhas que faço em minha vida. Quero me relacionar de forma saudável com as pessoas ou quero me relacionar disputando espaços? Vamos pensar nisto.

Uma boa dica para você que é ciumento: ao invés de focar na possibilidade de perder, no medo de perder, focalize nos ganhos que já teve, que está tendo e que terá na relação que está construindo com a pessoa que ama, gosta e deseja e que quer o melhor para ela. Perder nós vamos perder mesmo, meu irmão! Se não for de um jeito será de outro, nem que seja com a morte. Putz, peguei pesado! Não, não peguei não, temos de ter consciência disto, de um jeito ou outro um dia perderemos... então! Que tal vivermos o melhor que pudermos viver com as pessoas que amamos? Topa? O convite está feito.

Certa vez eu estava dando uma palestra sobre este tema e uma pessoa da plateia me fez a seguinte pergunta: - Eu gostaria de saber se, por acaso, você não vai sentir ciúme se ao entrar em um restaurante der de cara com sua mulher aos beijos e abraços com um homem?


Imaginei toda a cena... é brinquedo não! Mas essa não é a minha mulher, viu Carolei? Acho também que a pessoa da plateia da palestra estava se referindo a algo mais quente! Acho! Hehe!


Pois é, é aí que as pessoas confundem o sentimento e esta confusão dá um barulho danado. Diante de uma cena desta eu não teria o menor ciúme, eu teria é raiva mesmo, uma baita de uma RAAIIIVVVAAAAA! Mas ciúme não. Ciúme é uma hipótese e não um fato concretizado. Diante de um fato concreto você pode ter outros sentimentos, como tristeza, raiva, ódio, indignação, etc. mas ciúme não.

Então Carolei, a vida existe para vivenciarmos o melhor que pudermos vivenciar com as pessoas que gostamos e não para controlar a vida delas com o crivo de nossa lupa.

Ciumento em ação!

E você que é vítima do ciúme? O que deve fazer? Bom, primeiro reflita sobre as escolhas que anda fazendo em sua vida, tem pessoas que são mestres em escolher parceiros ou parceiras ciumentas. Parece até que gosta deste drama hollywoodiano, viver perigosamente, por vezes sentir aquela sensação de “alguém gosta de mim”. Não é raro, não digo que é sempre, os ciumentos se relacionarem com pessoas que fazem o papel de vítima. Mas penso que você, que é vítima do ciúme, não quer mais esta situação e agora o que quer saber é como lidar com quem é ciumento. O que fazer? Primeiro assuma a sua vida, seja responsável pela sua felicidade, pelas suas escolhas e pelos resultados que está colhendo em sua vida. É você que deve definir como se vestir, onde ir e com quem sair. Se posicione para a outra pessoa, mostre que as questões que ela se refere relacionadas a ciúme não tem sentido, apresente dados e fatos e evite julgar o outro, transmita confiança. Bom, mas entenda também que as coisas não mudam de um dia para o outro e às vezes buscar auxílio, suporte com um especialista em relacionamento pode ajudar as partes entenderem como administrar de forma saudável a relação. Por outro lado entenda que você está em um relacionamento e o respeito é fundamental entre as partes.

Observe bem, Carolei, se proponho construir uma relação saudável com alguém, isto pressupõe que não estou livre para fazer o que quero, devo negociar o tempo todo com o outro meus desejos e minhas escolhas, por isto que o conflito é inerente às relações. Brevemente estarei postando algo aqui relacionado a liberdade e responsabilidade.


Postem aqui seus comentários e se ficou alguma dúvida é só perguntar. Amanhã estarei escrevendo sobre a inveja. Não percam o próximo capítulo.

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